"... Durante todo o primeiro momento em que estivemos juntos, eu tive que conter a minha inquietude e manter um ar de sociabilidade que se fazia necessário ao momento, o que era difícil, pois nos momentos em que eu achava que estava conseguindo, ouvia os gritos da menininha presa que ecoavam dentro da minha cabeça, tentando chamar a minha atenção, me pedindo ajuda, e isso me desorientava um pouco e me tirava do estado social que eu fingia estar.
Comecei a evitar olhar nos olhos dela, pois quando eu olhava não era o seu castanho que eu via, e sim a menina presa, e essa imagem me deixava um pouco perturbado, e trazia para o meu rosto uma expressão de preocupação que era clara e inegável.
A noite foi passando e com ela a minha paz. Eu precisava descobrir o sentido daquilo tudo. Quem era aquela menina? Porque ela a trancava dentro dos seus olhos? ..."
domingo, 26 de outubro de 2008
Trecho do Conto: "A Menina dos Olhos"
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3 comentários:
Adorei Ricky. Acho que sempre nos tornamos amigo/amiga de algum amiguinho imaginário que nós criamos internamente. Acredito que esse contato com esse "serzinho" afasta um pouco a nossa solidão do dia a dia... será que não eh o encontro conosco mesmo? e que insistimos achar que é alguém diferente de nós? uma interferência...? :) Beijocas
Rick... Está lindo!
Quero muito ler na íntegra!!
Já imagino a beleza e os arrepios de emoção que irei encontrar.
xêro!
uma viagem !
adorei tem um quê de terapia jungiana!
adorei!
Mary
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