segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Pode ser

Essa vontade de escrever que me assalta as horas calmas da madrugada!
Essa inquietação no fundo da alma que eu jamais saberei de onde vem!
Essa coisa toda incerta que eu tantas vezes tento, quase sempre em vão, acertar!
Essa dúvida sobre o agir, ou não, sobre o calar ou não, sobre o pode ser ou não.
Essa ansiedade que não me pertence e mesmo assim tenta me visitar, como um distante parente inconveniente.
Esse atropêlo que cometo e que me tira um pouco a razão, também me atropela de forma cruel.

Agi por impulso.
Agi por emoção.
Agi por sentimento.
Por mais que não saiba bem qual sentimento tenha sido.
O fato é que agi.
O fato é que agimos.
E a manhã se transformou em noite.

Eu não quero ganhar nada.
A única coisa que quero, de verdade, é não perder!
Não se trata de um jogo.
Eu não sei, nunca soube jogar.
Se trata de você.
Se trata de mim.
Se trata de nós.

Eu não quero perder a gente.
No meio de um caminho bonito que só está começando e que tem infinitas possibilidades!

Quero manter a calma e a alma intacta.

Eu digo daqui: "Amizade pode ser um amor que desistiu de morrer!"

Falo isso sem grandes lamentos, mas com prováveis arrependimentos.

E alguém me diz que se o amor seria perfeito, então que se deve arriscar.

O problema é que eu sempre me arrisco demais.
E se há riscos, eu já me risquei inteiro.
No meu corpo só há marcas de todas as tintas com as quais me risquei e com as quais me riscaram.

Porém ao contrário de todo mundo que se arrisca, eu, quando me arrisco, penso no pra sempre; no momento atual, que pode ser eterno.

E quando alguém me pergunta se o risco é 'perder tudo', ou se é 'sofrer mais do que o sofrimento da dúvida'; eu respondo que o risco é tudo isso, em proporções diferentes, mas igualmente doloridas!

As vezes a gente é tão transparente, que nem sente!

As vezes a gente sente tanto que só a gente é quem sente!


Mas eu, de sentir e agir, não me arrependo!



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