Que porra de coração de moça.
A brisa bateu na cabeça de touca.
Que protege a membrana do pensar
Para evitar o processo de sentir e penar.
Segue viagem no mundo sozinho
Sorrindo e chorando um litro de vinho.
Me embriago em copos de energético e vodka
E na volta pra casa carrego as sacolas
Lotadas de tudo o que eu quero pra mim
Sapatos, desejos e coisas afins.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
A Onda
A onda que trouxe
Pra beira da praia
A esperança que eu tinha
De te encontrar,
Molhou os meus pés
Me sujou de areia
E se foi com a água
Salgada do mar!
No coração
A palavra escrita torna-se eterna no coração de quem lê e desperta.
A palavra escrita nunca será morta no coração de quem lê e gosta.
A palavra escrita nunca será morta no coração de quem lê e gosta.
Sóis
Anoitece na estrada.
E o que vejo são faróis.
São estrelas esperando.
Todas elas por seus sóis.
E o que vejo são faróis.
São estrelas esperando.
Todas elas por seus sóis.
O Caminho
A estrada que me leva e traz, nunca trouxe você pra mim.
Nenhum rio parado me distrai, nem faz crescer flor no meu jardim.
A beleza vive em caminhar, voar livre na imensidão.
O caminho que cruzo é de paixão, liberdade, sonho e solidão!
Nenhum rio parado me distrai, nem faz crescer flor no meu jardim.
A beleza vive em caminhar, voar livre na imensidão.
O caminho que cruzo é de paixão, liberdade, sonho e solidão!
Prazer!!!
No exílio de mim encontrei um novo eu.
Um velho eu desconhecido de mim, que se escondeu da gente por muito tempo.
Eu sou eu.
Prazer em conhecer-me!
Um velho eu desconhecido de mim, que se escondeu da gente por muito tempo.
Eu sou eu.
Prazer em conhecer-me!
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
No Tudo
Na paz da alma é que tudo se acalma.
Na verdade dita é que tudo se explica.
Na entrega total é que tudo é passional.
No beijo molhado é que tudo é revelado.
No tesão vivido é que tudo é sentido.
No olhar entendido é que tudo é sabido.
Na entrega de graça é que tudo se encaixa.
No suor derramado é que tudo é melado.
No abraço apertado é que tudo é selado.
No segredo guardado é que tudo é multiplicado.
Na amizade mantida é que tudo tem vida!
...
Arrisquei.
Fui sincero. Fui homem. Fui amante. Fui amigo.
A manhã se transformou em noite para nós.
Tirei teus sapatos. Te ajeitei na cama. Te beijei a face. Segurei tua mão. Cuidei de você. Liguei o ventilador, deixei a porta aberta e fui embora sem saber pra onde, nem pra quando, mas com a sensação de ter deixado muito mais de mim do que eu pensei ter deixado, e ter trazido muito mais de ti, do que poderia carregar com as minhas mãos carinhosas.
Fui sincero. Fui homem. Fui amante. Fui amigo.
A manhã se transformou em noite para nós.
Tirei teus sapatos. Te ajeitei na cama. Te beijei a face. Segurei tua mão. Cuidei de você. Liguei o ventilador, deixei a porta aberta e fui embora sem saber pra onde, nem pra quando, mas com a sensação de ter deixado muito mais de mim do que eu pensei ter deixado, e ter trazido muito mais de ti, do que poderia carregar com as minhas mãos carinhosas.
E saiba que só fui embora, porque não tinha tempo pra ficar.
Parti como uma nau portuguesa que antes, quisera ficar ancorada na Bahia!
Parti como uma nau portuguesa que antes, quisera ficar ancorada na Bahia!
Poesia antiga...
"Dos Que Amam"
"A minha dor é a dor dos que sofrem
A minha alma é a alma dos com alma
A minha boca é a boca dos que beijam
O meu desejo é o desejo dos que querem
A minha música é a música dos que cantam
A minha cama é a cama dos que deitam
O meu sono é o sono dos que não dormem
A minha luz é a luz dos que brilham
O meu sexo é o sexo dos que gozam
A minha língua é a língua dos que lambem
A minha mão é a mão dos que apalpam
A minha mente é a mente dos que pensam
A minha tinta é a tinta dos que pintam
A minha sede é a sede dos que bebem
O meu amor é o amor dos que transgridem
Dos que fazem de tudo
Dos que não se arrependem
Dos que querem sempre mais
O meu amor é o amor dos que amam."
Pode ser
Essa vontade de escrever que me assalta as horas calmas da madrugada!
Essa inquietação no fundo da alma que eu jamais saberei de onde vem!
Essa coisa toda incerta que eu tantas vezes tento, quase sempre em vão, acertar!
Essa dúvida sobre o agir, ou não, sobre o calar ou não, sobre o pode ser ou não.
Essa ansiedade que não me pertence e mesmo assim tenta me visitar, como um distante parente inconveniente.
Esse atropêlo que cometo e que me tira um pouco a razão, também me atropela de forma cruel.
Agi por impulso.
Agi por emoção.
Agi por sentimento.
Por mais que não saiba bem qual sentimento tenha sido.
O fato é que agi.
O fato é que agimos.
E a manhã se transformou em noite.
Eu não quero ganhar nada.
A única coisa que quero, de verdade, é não perder!
Não se trata de um jogo.
Eu não sei, nunca soube jogar.
Se trata de você.
Se trata de mim.
Se trata de nós.
Eu não quero perder a gente.
No meio de um caminho bonito que só está começando e que tem infinitas possibilidades!
Quero manter a calma e a alma intacta.
Eu digo daqui: "Amizade pode ser um amor que desistiu de morrer!"
Falo isso sem grandes lamentos, mas com prováveis arrependimentos.
E alguém me diz que se o amor seria perfeito, então que se deve arriscar.
O problema é que eu sempre me arrisco demais.
E se há riscos, eu já me risquei inteiro.
No meu corpo só há marcas de todas as tintas com as quais me risquei e com as quais me riscaram.
Porém ao contrário de todo mundo que se arrisca, eu, quando me arrisco, penso no pra sempre; no momento atual, que pode ser eterno.
E quando alguém me pergunta se o risco é 'perder tudo', ou se é 'sofrer mais do que o sofrimento da dúvida'; eu respondo que o risco é tudo isso, em proporções diferentes, mas igualmente doloridas!
Porém ao contrário de todo mundo que se arrisca, eu, quando me arrisco, penso no pra sempre; no momento atual, que pode ser eterno.
E quando alguém me pergunta se o risco é 'perder tudo', ou se é 'sofrer mais do que o sofrimento da dúvida'; eu respondo que o risco é tudo isso, em proporções diferentes, mas igualmente doloridas!
As vezes a gente é tão transparente, que nem sente!
As vezes a gente sente tanto que só a gente é quem sente!
Mas eu, de sentir e agir, não me arrependo!
Mas eu, de sentir e agir, não me arrependo!
domingo, 20 de dezembro de 2009
As Margens do Rio!!!
Nesta minha margem do rio nada mudou...
As águas continuam calmas e amigas!!!
Tomara que do outro lado do rio, na margem que não é minha, mas do outro, nada mude também!!!
Tomara que do outro lado do rio, na margem que não é minha, mas do outro, nada mude também!!!
sábado, 19 de dezembro de 2009
Que Flua!!!
Qual é a hora?
Quando é o tempo?
Será que ele existe?
Ou existiu em algum momento?
E se no hoje acontecer?
E se passar a existir?
No amanhã existirá?
Hoje pode ser lua.
Hoje pode ser nua.
Hoje pode ser tua.
Hoje pode ser que flua.
E se fluir, que flua
Tão brilhante como a lua.
Tão bonito quanto a nua.
Tão entregue como a tua.
Silêncio
Hoje não vou escrever muito para não correr o risco de dizer coisas das quais me arrependa... prefiro o silêncio!!!
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Por Ti...
"Eu quero ajudar a curar tua ferida.
Quero ser o teu remédio.
Eu quero ser a tua cura.
Aquilo que a tua alma procura!
Quero estar perto
em todo momento,
ao lado e dentro!
E enfim,
ficar contigo,
quando tudo estiver resolvido!"
(Trecho do poema 'Por Ti'- Ricardo Ayade)
Quero ser o teu remédio.
Eu quero ser a tua cura.
Aquilo que a tua alma procura!
Quero estar perto
em todo momento,
ao lado e dentro!
E enfim,
ficar contigo,
quando tudo estiver resolvido!"
(Trecho do poema 'Por Ti'- Ricardo Ayade)
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Pequeno Pensamento Amoroso
Quanto ao amor... Ah! O amor!!!
Já não sei explicá-lo com palavras, nem limitá-lo às letras. Eu simplesmente amo.
E amo tanto e tantos... e são tantos os tipos de amores e suas quantidades e formas... e os amores... e os amantes... que já nem sinto mais amor... eu simplesmente o sou!!!
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Pra tudo aquilo...
Estou com um pouco de receio... não sei se chega a ser medo... não é... definitivamente não é medo... mas as incertezas dos assuntos do coração muitas vezes nos amedrontam e por mais incrível que pareça, as vezes nos deixam apático!!!
Eu sei que é clichê eu dizer que 'eu queria entender'... mas eu não vou deixar de dizer a verdade pra mim mesmo, por mais que ela (a verdade) seja o maior dos clichês.
A minha verdade é, nesse momento, a única coisa da qual eu tenho certeza e é nela que eu me seguro... onde me agarro com as duas mãos e com toda a forçaque ainda tenho no coração!!!
Mas e se a verdade é que eu ainda não sei nada e ainda não posso fazer ou dizer nada, então, aonde é que eu me firmo?!?
Não havendo respostas para todas as questões no meu 'Livrinho da Vida Pronta', onde eu devo buscar uma orientação?
Se não for vivendo, sentindo, me permitindo, deixando as coisas fluirem como são... Se não for assim, como será?!?
Muitas coisas podem ser resolvidas por palavras, mas na hora da verdade, são as ações que falam mais alto e que determinam os futuros e os destinos!!!
Se eu não disser o que quero, e se não fizer o que o meu coração diz, por medo de perder algo que eu nem tenho, como poderei prosseguir livre e viver o novo que me abraça com tanta amizade e carinho?!?
Momentos. São apenas momentos que diferem, nesse exato momento, no instante hoje.
Tempo. Esse tempo que precisa passar para que os momentos, talvez agora difusos, possam se clarear e se encontrar pra vida toda!!!
As horas. As horas que precisam chegar. A hora de tudo mudar. A hora do sentimento despertar. A hora do carinho se transformar. A hora da amizade passar a amar.
O descobrir, está nos detalhes. Nas coisas pequenas. Em toda sutileza. No olhar mais simples e desnudo. Na palavra mais doce e sincera. No gesto mais gentil e inocente. É lá que tudo se esconde. E é lá que vamos nos descobrir.
E pra tudo aquilo que a palavra não puder explicar... ainda existe um sentimento para se sentir!!!
Pra tudo aquilo que não consegue se dizer, só há um remédio: sentir e viver!!!
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Eu não quero um edredom!!!
Está chovendo. A chuva que de dentro de mim cai imunda, inunda o mundo inteiro, interno.
Não tem mais essa história de ‘se chove lá fora’ porque é de dentro que a chuva deságua, é do peito que ela desaba.
A chuva como água suja escorre pelos bueiros de dentro de mim. Arrasta em força a dúvida que se agarra a uma árvore qualquer, enraizada com profundidade incalculavelmente assustadora.
Dói.
Incerteza cruel escondida como criança atrás do sofá vermelho da sala bem decorada e pouco hospitaleira.
O mundo inteiro parece estar contra mim. O mundo inteiro parece estar fora de mim. O mundo inteiro. Todo o mundo. Essa gente toda. Toda aquela gente. É gente demais.
Tantas vozes. Tantos gritos. Ensurdece minh’alma. Ensurdece e emudece teus cantos. Corre para o canto e finge gritar um lamento. Rabisca o papel e compõe uma canção. Chora cantando um samba triste. Esboça um sorriso no fim do refrão.
A dor. Ardor. Amor.
Sensação aflorada. A flor do gesto. Sem espinhos. Apenas o gosto de rosa. O cheiro de prosa. O sabor de um verso, que por mais que seja inverso, continua sendo.
Desperta. Amanhece. Feio. Dolorido. Inexato.
A coberta que eu pedi não veio. Nem um simples cobertor. E eu? Eu não quero um edredom.
.Para ler ouvindo: Feio - Bia Krieger
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