quarta-feira, 30 de junho de 2010

Nu... e sem as mãos no bolso!

Amo as surpresas. As boas, claro! Não vou ser hipócrita de dizer que amo as surpresas ruins. Não mesmo. E que me perdoem os que sempre querem ser polêmicos e vão ler isso e pensar: 'Ah! Eu adoro as surpresas ruins, pois elas me desconstroem', e todo aquele blá blá blá. Mentira!

As surpresas ruins são úteis sim, nos desconstroem sim, e no final, até servem muito, pois nos ensinam - na base da porrada - a ser quem nós nem sabíamos que éramos. E viva! Assim vamos aprendendo!

Mas hoje eu quero falar sobre boas surpresas, essas que nos arrebatam, nos enchem de sentimentos puros e nos faz querer descobrir mais de nós mesmos e dos próximos que nem sempre são tão próximos!

É tanto mais que bom descobrir que pessoas que você não tinha tanto contato podem ser pessoas no mínimo interessantes. Talvez nem tanto no quesito 'amizade' - porque depois de tomar umas porradas você aprende, quase que instintivamente, a se preservar um pouco mais - mas sim no quesito pessoa de cada um!

Ver as pessoas se desnudarem é qualquer coisa de maravilhoso. E não, eu não falo de tirar a roupa e fiar pelado. Também isso é maravilhoso e altamente excitante, mas não é disso que estou falando, ainda!

Falo, e sem rodeios ou culpas, que ver alguém desnudo é como ver a si próprio. Porque o espelho de cada um está dentro dos olhos do outro! O reflexo dos olhos do outro passa antes pelos olhos do um. E assim, o que antes era meu, agora também é seu, e por conseguinte, se torna unicamente nosso.

O que você mostra é o que viu em mim e no outro. É tudo aquilo que você possui e que de fato, possuímos todos, em menor ou maior grau, e talvez sem medidas. O bom mesmo é não medir nada.

Ao te ver nu, eu percebo que o que vi em você não foi nada além do que eu já tenho em mim, mas que talvez, por motivo tolo ou banal, eu ainda esconda de mim!

Quero eu também tirar a roupa. A minha e a do mundo!

Nu de mim mesmo, enxergo o outro. Toco o próximo e sinto prazer nisso. Me deixo tocar pela nudez proposta - ou algumas vezes imposta - e sinto-me tão completamente a vontade com o que vejo, tão bem com o que mostro, que quero ver e mostrar ainda mais.

As vezes me sinto de terno e gravata sob o sol de 45°. Quero tirar a camisa, a calça, os sapatos e as meias. E a cueca, por que não?

E se eu preciso enxergar o outro para me ver de fato, então que todos possam deixar seus olhos bem abertos e suas roupas bem distantes, porque eu estou pronto a invadí-los com a voracidade de quem tem olhos famintos, com a doçura de quem ama com o olhar e com a naturalidade de quem adora ficar nu!

Um comentário:

Mariana Junqueira disse...

Muito belo e intenso como você.
Adoro o seu desnudar-se... :)_

Besitos