Essa neblina com gosto de novo.
A novidade já velha conhecida.
A chuva que desce molhando a saudade
É água fresquinha caindo da bica!
Na beira do mar, chuvoso eu navego
Com pronfunda vontade de me afogar
Se despretencioso escorrego
Nas algas geladas do fundo do mar.
Barulho de rio brincando no mato
Sabor de terra molhada no orvalho
Da fruta mais doce arrancada do pé
A semente do amor é plantada com fé.
Teu azul desnudo somente combina
Com o negro ousado da minha retina.
Janela aberta pra dentro da alma
Rasgada a farsa da nossa cortina.
A chuva encharca a minha saudade
Com gotas douradas de tesão e paz
E inunda a minha mente aberta e sêca
Com bravas memórias torrenciais.
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