terça-feira, 23 de março de 2010

As Pontes do Rio da Vida!

Ninguém constrói uma ponte pra fazer dela sua casa, mesmo que algumas pessoas morem embaixo de algumas.

As pontes são travessias e só ficamos nelas o tempo necessário para chegar ao nosso destino, seja ele qual for.

Alguns demoram mais em seus trajetos, outros demoram menos, outros tantos passam correndo e uns outros simplesmente desistem de andar.

Esses últimos se acomodam a tal ponto de ficarem na ponte por muito tempo e inventam sempre desculpas para continuarem ali, no lugar onde pararam e chegam a atrapalhar o tráfego. 

Outros correm tanto que não conseguem perceber o caminho que trilham, nem as paisagens ao redor, e muito menos conseguem sentir o vento soprar suas faces, nem o cheiro do mato, nem da chuva, nem de nada. Alguns deles de tanto correr, tentando se desviar de algum obstáculo, acabam caindo ponte a baixo.

Outros ainda de tanta ansiedade não conseguem esperar sua vez, se desesperam e no meio do caminho, saltam da ponte.

Mas aquele que confia em si e tem humildade suficiente para entender que é preciso passar por aquela ponte, com paciência, perseverança e fé, aguardando o seu tempo sem se acomodar e sem desesperar, esse consegue ver as belezas das paisagens ao redor, sentir os cheiros do caminho que está seguindo e aprender sobre tudo o que lhe está sendo ensinado.

Esse mesmo tipo de gente, já aprendeu também, que sozinho ele não estaria onde já chegou e que sozinho também ele jamais chegará ao seu destino final, e por isso é grato a todos que ele conheceu durante a travessia.

E é bom que jamais se esqueçam que sempre haverá uma ponte!
E é bom que jamais se esqueçam que sempre haverá uma mão!

Haverá sempre uma ponte que poderemos construir.
Haverá sempre uma ponte que poderemos derrubar.

Haverá sempre uma mão que poderá nos acudir.
Haverá sempre uma mão que tentará nos afogar.

Haverá sempre uma ponte que teremos que construir.
Haverá sempre uma ponte que teremos que derrubar.

Haverá sempre uma mão que poderemos acudir.
Haverá sempre uma mão que preferirá se afogar.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Tudo mudou, meu bem!
Será que você percebeu
Ou ainda nem enxergou
Que tudo mudou meu bem?

Tudo na trilha do trem
Cinza como a tinta
Que de escuro pinta
O sangue de mais alguém

Já maculou meu bem
Já calculou-me sem
E deixou claro que tem
Interesse em outro alguém

E tudo mudou, meu bem
Nessa altura da vida
'Até logo' foi partida
E em tudo mudou o meu bem!

quarta-feira, 17 de março de 2010

"Cada fase faz nascer uma frase! Algumas delas, quando mais intensas, nos fazem parir um livro inteiro!"

Rotação e Translação

Sabe uma coisa que nos esquecemos? Que os movimentos de rotação e translação do planeta certamente vão nos alcançar, um mais cedo, outro mais tarde, não importa quanto tempo leve, se 1 dia ou se 1 ano, não importa quando, será no tempo certo! O mundo gira!

(depois escrevo mais sobre isso... por enquanto, deixa o mundo girar!!!)

terça-feira, 16 de março de 2010

O dia de hoje...

Hoje tinha tudo pra ser um lindo dia de sol... 
Mas aí vieram os ventos do norte trazendo palavras frias... 
O céu anuviou com nuvens densas de pensamentos tristes... 
E então a chuva caiu forte e repentina sem nada lavar...

Levou um punhado de esperança, dois punhados de outras coisas...
Carregou algumas sementes que eu queria plantar...
Alagou a terra fértil que eu já tinha adubado...
E sem mais foi-se embora, de uma vez sem nada deixar!!!

sábado, 6 de março de 2010

Sagaz

Não vou tentar traduzir em palavras
A linguagem que só nossos olhos podem entender.

Não vou nem mesmo tentar escrever
O que as minhas mãos só conseguem dizer ao tocar você!

Se em cada gesto de paz
Se em todo toque sagaz
Há certas esperas no cais
Há certos suspiros a mais!

sexta-feira, 5 de março de 2010

Saudade de chuva

Essa neblina com gosto de novo.
A novidade já velha conhecida.
A chuva que desce molhando a saudade
É água fresquinha caindo da bica!

Na beira do mar, chuvoso eu navego
Com pronfunda vontade de me afogar
Se despretencioso escorrego
Nas algas geladas do fundo do mar.

Barulho de rio brincando no mato
Sabor de terra molhada no orvalho
Da fruta mais doce arrancada do pé
A semente do amor é plantada com fé.

Teu azul desnudo somente combina
Com o negro ousado da minha retina.
Janela aberta pra dentro da alma
Rasgada a farsa da nossa cortina.

A chuva encharca a minha saudade
Com gotas douradas de tesão e paz
E inunda a minha mente aberta e sêca
Com bravas memórias torrenciais.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Sabe bem o cheiro que tem!

O cheiro da prosa, nova,
Sabe bem o cheiro que tem!

O olho que encara a alma
Como criança curiosa
Que deixa a mãe nervosa
Enquanto não se acalma.

Claramente dubio
Neblina que vem do mar
Clara na sua brancura
Obscura no seu clarear.

Tons de líquidos coloridos
Em acordes dançantes
Chamas espontâneas
E texturas apaixonantes!

E o cheiro da prosa nova?
Ah! Sabe bem o cheiro que tem!

Pensamento da madrugada!

Tenho bons amigos!
Tenho bons amores!
Só não tenho uma boa fórmula para juntar os dois numa bondade só!